Ainda não tive a oportunidade
de dormir em um “ótimo lugar para se hospedar em Amsterdã”, por isso esse texto
não pintou aqui. O que vai rolar agora é uma tentativa de fazer você não cair
em grandes furadas, porque o que não falta é cilada.
Primeira regra para se
hospedar em Amsterdã: fuja da
estação central
Claro que estou generalizando
uma situação que pode ter seus benefícios: se você chega em Amsterdã pela
estação central e pretende passar apenas uma noite, talvez ali seja uma boa
escolha. Se você pretende apenas (veja bem, eu disse “apenas”) fumar e beber,
mais um ponto para eles. E, por último, se você não abre mão de se hospedar em
um hotel (mesmo que seja um péssimo hotel), a Damrak te oferece várias
possibilidades.
Segunda regra para se
hospedar em Amsterdã: escolha o
bairro certo
Quem escolhe os canais em
detrimento do centro da cidade tem a chance de escolher todo tipo de hospedagem
e com maiores chances de acerto. É possível ficar em um charmoso hotel boutique com ótimo preço na tranquilidade de um canal
e com a comodidade de estar a 600 metros da tão falada estação central.
Se você acha que ficar perto
das melhores baladas é o mais conveniente, Leidesplain é uma ótima escolha –
não só por encontrar algumas das melhores delas aqui, mas Leidesplain tem uma
infinidade de linhas de bonde que facilita a vida de todos.
Por isso, sempre que ler ou
ouvir sobre “hospedagem em Voldelpark”, certifique-se que é a região do parque
mais próxima a Leidesplain, ao lado de Museumplein, a praça dos museus – onde a
oferta de albergues é grande e deve ser considerada.
Rembrandtplein também é
interessante. Região dos bares, pubs e terraços a céu aberto (o tradicional “esquenta”).
É ali, em Amstelstraat, que funciona o bairro gay/descolado do momento.
Terceira regra para se
hospedar em Amsterdã: existem
albergues e albergues
Lembre-se que na cidade onde
fumar maconha é permitido, o número de hóspedes barulhentos tende a ser grande.
Se você não é do tipo “albergue”, Amsterdã talvez não seja o melhor lugar para
começar a flertar com a possibilidade de dividir quarto com desconhecidos.
Opte por albergues com quartos
reservados e banheiros privativos ou tente os pequenos albergues flutuantes,
como o Jonas Houseboat.
Quarta regra para se
hospedar em Amsterdã: confira
abaixo minha sugestão de albergue e hotel antes de fechar o seu
O primeiro, citado lá em cima,
pertence a cadeia de hotéis “chic&basics” e dificilmente decepciona. São prédios
pequenos, com decoração minimalista e bem descolados.
Conheci também o albergue Flying Pig que possui duas unidades na cidade, uma no olho
do furacão e outra em frente ao Vondelpark, bem próximo ao Van Gogh Museum. O bacana do Flying Pig
Uptown (o segundo, é claro) é que ele possui quartos privativos por menos de €
50, quase todos com banheiro – em alguns, o banheiro é dividido com o quarto
privativo vizinho, em outros, cada quarto possui o seu, porém não exatamente
dentro dele.
Os quartos privativos possuem
um frigobar vazio a espera de suas latinhas e sanduíches, o que é sempre muito
cômodo.
Sobre os dormitórios, a dica
principal é evitar os quartos com 32 camas .Se você estiver viajando com amigos
ou em casais, para poupar dinheiro a melhor escolha é conseguir camas de casal
onde dormem duas pessoas pelo preço de uma.
Legal que aqui tudo está
incluído, inclusive os escaninhos privativos dentro dos quartos (traga seu
próprio cadeado).
O Flying Pig é disputado, tem
que ficar esperto, reserve o quanto antes.
Vale saber que…
Em holandês, “plein” é
“praça”, “straat” é “rua” e “canal” fala-se de forma bem curta, colocando
ênfase na primeira sílaba e quase se esquecendo do “l” no final: “cánal”.